Meditação é um termo mais abrangente. Refere-se em geral a práticas ou estados que podem incluir oração, visualização, recitação de mantras, questionamento, contemplação, ou simplesmente sentar, sem usar um suporte específico, estando “com as coisas como elas surgem”. Na tradição budista, a meditação inclui todo um conjunto de métodos que vão ajudar a estabilizar a mente e a desenvolver calma mental, que por sua vez nos permite aceder à nossa sabedoria e bondade inerentes, ao nosso estado natural.
Mindfulness, ou atenção plena, é obviamente a base de qualquer prática, pois sem atenção ao momento presente não há libertação. Mindfulness é o que nos permite escolher, dá-nos espaço. Falamos de mindfulness também em relação à consciência que surge da própria prática de mindfulness. Essa presença, essa consciência de estar consciente.
Podemos assim considerar Mindfulness como a fundação da nossa prática, uma qualidade que se “entrelaça” com outras, com outros aspetos e práticas. Na tradição budista, Mindfulness é o precursor, o primeiro factor para o Despertar que uma vez estabelecido permite a maturação de todos os outros.
Ou, para quem procura a meditação numa perspetiva secular, Mindfulness é um caminho em si, que abraça todos os aspetos da vida. Um caminho gradual de mais consciência e integridade, um despertar para as possibilidades infinitas de cada momento.